"- Marcos, aquele médico que você me indicou pode saber muito do que faz, mas ele me tratou como se eu fosse um órgão, um objeto, não me tratou como um ser humano!"
R.E., falando do Psiquiatra.

"- Já não sei mais como agir: meu cirurgião diz que é imprescindível caminhar; meu ortopedista pede para fazer repouso absoluto e brigou comigo porque contei que caminhava. Talvez você, meu psicólogo, possa me dizer o que eu devo fazer..."
N.R., no 3º dia pós-operatório.

" Ela é uma ótima fisioterapeuta, mas a insistência dela é tamanha que chega a me incomodar. Eu prefiro procurar aquela outra do meu convênio. Pelo menos ela me escuta e respeita meu ritmo."
E.H., falando para minha secretária.

"- [...] daí a psicóloga falou: "- o que te faz pensar que eu vou cobrar menos que o Dr. 'Fulano' (Psiquiatra)? Se você não tem dinheiro suficiente para pagar o Dr. 'Fulano', fique sabendo que meu trabalho também tem muito valor! "Ao dizer isso você está menosprezando o meu trabalho..."
M.R., contando para mim que não tinha condições financeiras para continuar a psicoterapia com um psiquiatra e estava procurando outro psicoterapeuta para dar continuidade ao seu tratamento.

Os depoimentos acima, colhidos ao longo do dia-a-dia da clínica de Psicologia estão se tornando cada vez mais freqüentes, infelizmente. Mostram com clareza que a maioria dos estudantes que conclui o ensino Superior chega ao mercado de trabalho como ótimos técnicos, porém mal preparados para o exercício da profissão, principalmente naquilo que diz respeito ao relacionamento com pessoas. Mesmo aqueles que freqüentaram cursos de primeira linha, costumam ter uma formação deficiente já que quase todos os programas dos cursos universitários só levam em conta as matérias clássicas específicas para cada área de atuação, ignorando regras básicas para a interação humana, criação e manutenção de um bom "rapport" com o cliente, inteligência interpessoal e demais aspectos importantes para o relacionamento com pessoas; esquecem que, na maioria das profissões, trabalha-se para alguém e esse alguém costuma ser outro ser humano e como tal, gosta de ser percebido, considerado, respeitado.

Devido à existência cada vez menor de oportunidades, aumento da concorrência e da competição, à escassez do tempo e remuneração adequada; vem se cristalizando uma fria relação de prestação de serviços capaz de produzir as expressões que transcrevi acima, incapaz de oferecer a continência e o afeto tão necessários para aqueles que estão fragilizados, seja por uma doença, seja por um transtorno psicológico.

Não há como discordar que tanto o autoconhecimento como a capacidade de se colocar na posição do próximo e a compassividade são condições indispensáveis para que possamos alinhar nossas ações às necessidades e expectativas dos nossos pacientes para se obter um completo atendimento de sua dor.

Oferecemos um curso teórico-prático destinado a suprir estas lacunas que a formação universitária deixa, fazendo com que o futuro terapeuta obtenha elementos para desenvolver uma postura profissional não só capaz de extrair os dados necessários para o correto diagnóstico mas também estar atento ao ser humano diante dele para que tenha condições de atender as demandas emocionais do paciente; para que o profissional de saúde desenvolva sua capacidade de atuar na conduta pertinente a um dado diagnóstico sem perder de vista a pessoa com quem está interagindo.

O curso é dividido em dois módulos: o primeiro, teórico, destina-se a profissionais da área de saúde. O módulo prático destina-se à formação de Psicoterapeutas.

Para referir: Maximino, M.R. in internet, disponível em www.marcosmaximino.psc.br
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